Anjo caído
Arranco minhas asas
e no alto do penhasco
vejo meu último entardecer,
de braços abertos,
me solto no vazio,
mergulho dentro de ti,
águas quentes que jamais senti.
Flutuo em tuas carícias,
enfrento tua correnteza
sinto todas as ondas do desejo.
Nadamos assim a noite inteira,
asfixiado pelo teu abraço,
me afogo em teus beijos.
E na espuma da praia
meu corpo amanhece,
ainda guardando o sorriso
do último gozo ao alvorecer.
- Autor: Altofe (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 19 de outubro de 2024 14:20
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 4
Comentários1
Soturno e de um lirismo que mexe com o nosso gosto por poesia de boa qualidade. Abraço
Estimada poeta, fico lisonjeado por sua sensível leitura e comentário tão amável. Abs
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