Enjaulada

Bianca Lorrana

Como criança fui feliz.

E quem dera eu pôder ficar,

Como por aí diz,

Com a pureza da alma de uma criança

E dizer que a vida é sempre bonita.

 

O tempo passou e criança agora eu já não sou.

Cresci e muita coisa eu vivi.

Muita coisa enfrentei.

E então, o quê me tornei?

 

Enjaulada!

Sentenciada a viver, o resto da vida à mercê de um passado?

Esse é o preço que eu pago,

Por permanecer presa no meu  passado

Enjaulada em grades que consome a alma,

Que controlam a minha calma.

 

Aprisionada no que é imutável.

Minha mente atormentada,

Que em nenhum momento se cala,

Trazendo à tona os pretéritos de lágrimas,

Que aprisiona a minha alma.

 

Por que me prendo?

A resposta seria em vão.

Pois tomara eu, dentro dessa prisão

Aprender ressignificar e me desprender,

Desse passado obscuro que me trás tanta dor, angústia e desilusão.

 

 

Autoria: Bianca Lorrana Faria de Oliveira Carvalho Lima

  • Autor: Bianca Lorrana (Offline Offline)
  • Publicado: 15 de outubro de 2024 08:26
  • Comentário do autor sobre o poema: Este poema relata a realidade de muitos, inclusive eu, que vive presa a triste momentos do passado que me impede de ser totalmente feliz.
  • Categoria: Triste
  • Visualizações: 8
Comentários +

Comentários1

  • Ema Machado

    Passados são memórias, ainda que doa, devem ser aprendizados, não gaiolas. Deixe-o apenas nas linhas do teu belo poema e siga! Grande abraço



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