Como criança fui feliz.
E quem dera eu pôder ficar,
Como por aí diz,
Com a pureza da alma de uma criança
E dizer que a vida é sempre bonita.
O tempo passou e criança agora eu já não sou.
Cresci e muita coisa eu vivi.
Muita coisa enfrentei.
E então, o quê me tornei?
Enjaulada!
Sentenciada a viver, o resto da vida à mercê de um passado?
Esse é o preço que eu pago,
Por permanecer presa no meu passado
Enjaulada em grades que consome a alma,
Que controlam a minha calma.
Aprisionada no que é imutável.
Minha mente atormentada,
Que em nenhum momento se cala,
Trazendo à tona os pretéritos de lágrimas,
Que aprisiona a minha alma.
Por que me prendo?
A resposta seria em vão.
Pois tomara eu, dentro dessa prisão
Aprender ressignificar e me desprender,
Desse passado obscuro que me trás tanta dor, angústia e desilusão.
Autoria: Bianca Lorrana Faria de Oliveira Carvalho Lima