Sem pressa

Daniel Lipski

Tirei o pé do acelerador
E a sensação foi um tanto estranha
A falta de costume de andar devagar
me deixa muito ansioso para chegar
Mas tenho que tentar desacelerar
Como no lento escalar de uma montanha.


Tirei os olhos do horizonte
e foi loucura olhar apenas o que está perto
Os detalhes do mundo por onde passei
e, pela pressa cotidiana, nunca admirei
Mas agora, todo o colorido enxerguei
E o mundo já não me parece um deserto


Tirei os dedos do teclado
e foi esquisito voltar a escrever na mão
Tinta no papel borrando a letra vívida
As frases garranchadas voltando a vida
E num ritmo constante, a poesia é servida
expondo todo o lamento de um coração.

  • Autor: Sanitário Masculino (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 14 de outubro de 2024 10:53
  • Comentário do autor sobre o poema: Desacelerei. E o resultado foi magnífico. Como um sábio me ensinou no passado: "O caminho faz parte da viajem, o destino é só uma consequência".
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 19
Comentários +

Comentários1

  • Lilian Fátima

    Estamos tão acelerados e mecanizados que tirando isso,nos vemos tão diferentes. Parabéns pela inspiração

    • Daniel Lipski

      Desacelerar é estranho e maravilhoso. Saborear a vida ao invés de engoli-la. Ainda estou praticando, mas, nem sempre o freio funciona!!! Obrigado pelo carinho!!!!



    Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.