O mar chorou
Mas o som do lamento se confundiu
com o resmungar das próprias ondas
e ninguém ouviu
O céu chorou
Mas as lagrimas sumiram quando a chuva caiu
Assim, tudo misturou-se nas mesmas poças
e ninguém viu
A terra chorou
Após a dor sentida quando todo o morro ruiu
mas a lama desceu a um rio que, tudo levou
e ninguém assistiu
O homem chorou
Gritou tão alto quanto pode um ser tão vil
Mas seu pesar juntou-se aos outros choros
E ninguém sentiu.
- Autor: Sanitário Masculino (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 9 de outubro de 2024 10:53
- Comentário do autor sobre o poema: A, o choro. Ferramenta inócua porem necessária para equilibrar razão e sentimento. Tantas vezes negligenciado trazendo a tona o mau moderno da auto-piedade.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 67
Comentários3
O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem ao amanhecer. Realmente o choro equilibra a razão e o sentimento. Bonito poema poeta. Bom dia.
Obrigado!!! Gosto de pensar no choro como a expressão máxima do sentimento. Afinal, na tristeza, na alegria, na ansiedade, na raiva e em um sem fim de sentimentos, o escorrer das lágrimas é o ápice do sentir.
O mundo está no movimento de celeridade e poucos dão importância as dores de outrem. Pontual e reflexivo.
É isso aí. Valeu Lilian!!!
Bravo, Daniel!
Você é um artista!
Conseguiu transformar o choro numa bela poesia.
Obrigado Maria. Que bom que gostou!!! Esse é um dos meus favoritos.
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