Você já sentiu o peso
do mundo no peito,
como se cada suspiro fosse um fardo,
cada passo, uma luta?
Há dias em que o vento não sopra a favor,
e o céu parece distante,
cinza, impenetrável,
como se as estrelas tivessem esquecido seu nome.
Mas é nesses dias,
justamente nesses dias,
que algo dentro de você se acende —
uma faísca pequena, quase imperceptível.
Resiliência.
Ela não chega como uma tempestade
que rompe o silêncio,
não é furacão,
não é fogo que consome.
Resiliência é um sussurro,
uma escolha que você faz
quando o chão treme
e, mesmo assim, você decide ficar de pé.
Ela é a mão invisível que te mantém firme,
a âncora que segura sua alma
quando todas as correntes parecem te arrastar para longe.
E, ainda que você não veja,
há algo maior ao seu lado —
uma presença que te envolve com ternura,
mesmo quando o silêncio ecoa alto demais,
mesmo quando o medo grita.
Deus,
Ele está ali,
nos espaços vazios,
nas orações que você nem sempre sabe fazer,
no silêncio que te abraça
quando as palavras desaparecem.
Mas você também precisa de outra coisa.
Você precisa de si.
Você precisa se olhar no espelho
com os olhos de quem perdoa,
de quem entende que falhar
não é o fim,
mas o começo de uma nova história.
Seja gentil consigo.
Seja sua própria cura,
acolha suas fraquezas
como se fossem flores que brotam
mesmo nas fendas mais escuras.
Porque, no fundo,
o que te define
não é a dor que carrega,
mas o jeito como você escolhe
carregá-la.
É o passo que você dá
quando o mundo diz para desistir,
é a fé que você cultiva
mesmo quando as raízes não encontram o chão.
E, assim,
você segue.
Com o silêncio te abraçando,
com a fé te sustentando,
e com o coração aprendendo,
devagar,
a respirar de novo.
-
Autor:
Sezar Kosta (
Offline) - Publicado: 2 de outubro de 2024 16:55
- Comentário do autor sobre o poema: Olá, pessoal! Aqui é o Sezar Kosta, e hoje quero compartilhar um pouco da minha jornada sobre como enfrentar os desafios da vida, transformando dor em aprendizado, como um sapato que aperta, mas ensina a andar com mais firmeza. A inspiração para este texto veio de momentos em que a vida parecia um labirinto sombrio, onde cada esquina escondia um novo obstáculo. Mas, com um pouco de fé e uma pitada de autocompaixão, aprendi que sempre há uma saída — até mesmo nos labirintos mais confusos! Gostaria de saber: como vocês têm enfrentado as tempestades da vida? Deixem um comentário, suas impressões são sempre bem-vindas!
- Categoria: Não classificado
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Offline)
Comentários4
Que bela poema , realmente há dias que estamos pela metade, mas sempre há algo que nos motiva a continuar e logo toda essa sombra se desfaz com a chegada do sol . Abraços meu amigo
A cada amanhecer, mesmo quando os céus estão nublados, somos convidados a buscar a luz que ainda brilha dentro de nós.
Agradeço de coração pela sua leitura e pelo elogio ao meu poema! Seu comentário foi como um abraço caloroso em um dia frio — trouxe conforto e ânimo.
Realmente há momentos na vida que tudo pesa e erguer só depende de nós mesmos, é como renascer das cinzas, neste momento é preciso respirar fundo arregaçar as mangas e fazer o que deve ser feito. Parabéns poeta. Bom dia.
Esse é o mistério da resiliência. Ela não surge quando tudo está bem, quando o céu está limpo e o caminho à frente é claro. Não, a resiliência nasce na escuridão, no meio da tempestade. É naquele momento em que você pensa que não pode dar mais um passo que, de repente, encontra forças dentro de si. Você não sabe de onde vem, mas ela está lá. Talvez seja sua alma, talvez seja algo maior.
Fico tão feliz que você tenha dado uma passadinha pelo meu poema! Seu elogio foi como um raio de sol em um dia nublado — iluminou meu coração e me lembrou que, mesmo nas tempestades, sempre podemos encontrar um arco-íris. Obrigado por compartilhar seu olhar sempre tão gentil!
Há momentos que nossa vida se desalinha e nos vemos presos a fracassos e insucessos, isso causa muito desânimo e descrédito nas coisas boas da vida, mas a simples fagulha de um ideia ou pensamento na dádiva da vida e no trilhar, com fé e destemor nos envolve e nos incentiva. Parabéns, SEZAR
Esses momentos de carinho divino são sutis, mas poderosos. Eles nos lembram que não estamos sozinhos em nossas lutas. É fundamental, em meio ao caos, permitir-se sentir. Permita-se ter fragilidades. Reconheça sua dor, não como um sinal de fraqueza, mas como um passo necessário para a cura. A autocompaixão é um remédio muitas vezes esquecido, mas que, quando aplicado, pode transformar o sofrimento em força.
Seu carinho ao comentar sobre meu poema foi como um copo d’água refrescante no deserto da minha criatividade. Agradeço por me lembrar que as palavras têm poder, e que, juntos, podemos transformar dor em beleza. Obrigado por fazer parte dessa jornada!
Viver tem o seu preço e encarar as demandas com resiliência, com certeza é a forma mais sábia de superar as adversidades.
Abraços ao nobre poeta!
Só quando nos permitimos acolher nossas fraquezas é que começamos a nos curar. No fim, a dor pode existir, mas não nos define. O que nos define é nossa capacidade de continuar, de acreditar, e de ser compassivo consigo mesmo.
Sua gentileza me motiva a continuar escrevendo, sempre em busca de mais luz em meio às sombras. Muito obrigado por isso!
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