O SINO

Alexandre Carlini

Ah o sino... nada mais resta então

Posto com displicência descartada

Flutuando lassa a última corda

Quebra o transe desfeita a ilusão

 

Arrastado sigo pela corrente

Findaram margens onde me agarrar

Abandonei pares a quem culpar

Só o torpor crescente na fria corrente

 

É quando morre a seva esperança

Desatados pesos da culpa e dor

Soem linhas dum sorriso moribundo

 

Na agra determinada temperança

Da corrente inexorável o andor

Conduz ao negro pélago sem fundo

  • Autor: Alexandre Carlini (Offline Offline)
  • Publicado: 1 de outubro de 2024 08:24
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 14
Comentários +

Comentários1

  • Lilian Fátima

    Sentidas linhas pondo fim a um drama existencial. Inspiração bem elaborada.



Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.