Ah o sino... nada mais resta então
Posto com displicência descartada
Flutuando lassa a última corda
Quebra o transe desfeita a ilusão
Arrastado sigo pela corrente
Findaram margens onde me agarrar
Abandonei pares a quem culpar
Só o torpor crescente na fria corrente
É quando morre a seva esperança
Desatados pesos da culpa e dor
Soem linhas dum sorriso moribundo
Na agra determinada temperança
Da corrente inexorável o andor
Conduz ao negro pélago sem fundo
- Autor: Alexandre Carlini ( Offline)
- Publicado: 1 de outubro de 2024 08:24
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 23
Comentários1
Sentidas linhas pondo fim a um drama existencial. Inspiração bem elaborada.
Suas palavras, sim, me inspiram. Obrigado poetisa.
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