Alexandre Carlini

O SINO

Ah o sino... nada mais resta então

Posto com displicência descartada

Flutuando lassa a última corda

Quebra o transe desfeita a ilusão

 

Arrastado sigo pela corrente

Findaram margens onde me agarrar

Abandonei pares a quem culpar

Só o torpor crescente na fria corrente

 

É quando morre a seva esperança

Desatados pesos da culpa e dor

Soem linhas dum sorriso moribundo

 

Na agra determinada temperança

Da corrente inexorável o andor

Conduz ao negro pélago sem fundo