Estação

Alexandre Carlini

No entroncamento onde os destinos se cruzam

Na sala de espera de aspecto régio

O silêncio depõe o tirano relógio

O ponteiro retrai, ideais fertilizam

 

Um homem sonhando o porvir numa prece

Um velho sorrindo evanescentes lembranças

Focada no hoje com firmes esperanças

Só a criança que a escadaria sobe e desce

 

E já vem o trem com seu apito soprano

Devolvendo a coroa férrea ao tirano

O ideal retrai, o ponteiro acelera

 

Visões, passado e futuro, mesmo o presente

Silenciam quedos num recanto da mente

Corre, diz o relógio, que o trem não espera!

  • Autor: Alexandre Carlini (Offline Offline)
  • Publicado: 27 de setembro de 2024 08:02
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 16
Comentários +

Comentários1

  • Lilian Fátima

    Poesia exemplar, digna de Mario Quintana. Parabéns

    • Alexandre Carlini

      Mario Quintana... que exagero minha amiga... mas obrigado pelas palavras!



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