SANGRANDO
Quanto mais eu fujo dela, mas ela corre para mim
Quereria de outro jeito
Sem precisar apertar o peito
Usar um outro fim.
Não me esquivo do pensamento
Mas se calo a minha mão
Que dá vida ao sentimento
Talvez mate o argumento
Presente no coração.
E na profundidade do peito
Onde guardo o que não queria dizer
A teimosia a despeito
Não me faz retroceder
E por isso não tem outro jeito
Do sentimento morrer.
Tem vez que para ela nem ligo
E ignoro seus gritos
E fico na dependência se digo
ou se não digo
Mas ela me vem como ritos
E como veia em sangramento
Como ritos é celebração
E como veia é sangue em ebulição.
Aí tenho que dizer
Porque se não disser vai sangrar-me o coração.
- Autor: Carlos (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 23 de setembro de 2024 11:40
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 18
Comentários2
SERGIO NEVES - ...eita! ...muita veemência nesse teu escrito! ...a leitura flui de modo até qie empolgante -podemos dizer assim, graças à intensidade do ritmo que essas tuas acertadas rimas proporcionam...,...foste pra lá de feliz nessa tua composição...-na forma e no conteúdo! // (...também tenho um poema aqui postado com o mesmo título ("Sangrando"),...não tem essa tua toda intensidade,...mas, tá lá...-se quiseres podes dar uma olhadinha... /// Abçs.
Sua poética dilacera o coração. Visceral.
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.