SANGRANDO
Quanto mais eu fujo dela, mas ela corre para mim
Quereria de outro jeito
Sem precisar apertar o peito
Usar um outro fim.
Não me esquivo do pensamento
Mas se calo a minha mão
Que dá vida ao sentimento
Talvez mate o argumento
Presente no coração.
E na profundidade do peito
Onde guardo o que não queria dizer
A teimosia a despeito
Não me faz retroceder
E por isso não tem outro jeito
Do sentimento morrer.
Tem vez que para ela nem ligo
E ignoro seus gritos
E fico na dependência se digo
ou se não digo
Mas ela me vem como ritos
E como veia em sangramento
Como ritos é celebração
E como veia é sangue em ebulição.
Aí tenho que dizer
Porque se não disser vai sangrar-me o coração.