DEVASTADO

LUCAS ARRUDA



O horizonte era cinza, chovia e o vento era gelado.

O som não existia mais, soava como uma voz que havia se calado.

Não existia mais chão, sorrisos e nem mesmo a face

A estrada estava lá, deserta e sem mais nenhum sentido.

A dor dançava nos salões escuros do coração partido

Esperando apenas que ele, ansiosamente, parasse.

 

 

A luz dos olhos não se via mais.

Apenas um navio velho e sem bússola ancorado no cais.

De um lado para o outro os pássaros voavam errantes

Movimentando um instante perdido no meio do nada.

Fim, a ogiva nuclear há pouco havia sido detonada

E agora sem sentido estava o passado, o futuro e o presente de antes.

  • Autor: LUCAS ARRUDA (Offline Offline)
  • Publicado: 21 de setembro de 2024 23:19
  • Comentário do autor sobre o poema: Este poema foi feito por inspiração na cena do filma CLOSE, quando o rapazinho quebra o braço e vai enfaixar e chora, porém não chora por dor no braço, mas pelo coração partido.
  • Categoria: Triste
  • Visualizações: 20
Comentários +

Comentários1

  • Lilian Fátima

    Intenso e aterrorizante
    Saudações poéticas ?



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