RASTELANDO MEMÓRIAS

Heidlara

Quando eu tinha uns 7 anos 

Papai partia para o povoado

Dizendo: arruma o carvão logo

Pois daqui a pouco estou voltando 

 

Montado na bicicletinha velha

Que mais parecia um alazão 

Sumia lá na curva da estrada 

Deixando a mãe matutando 

 

Poderia ser uma eternidade 

Ou não demorar duas horas 

Papai era imprevisível 

Em cada canto da nossa história 

 

Ao longe escutava os latidos

E a sua blusa batendo ao vento 

Na garupa tinha o carvão 

E de sobra, um isopor com sorvete dentro

 

A curiosidade era tremenda

Pois a cada ida ao povoado

Era um presente voltando 

Era realmente um máximo 

 

As boas memórias ficaram

A porta do armário não 

Lágrimas rolaram

E mais papéis foram criados

 

Eu só me lembro em lembrar 

De todas as coisas vividas

Dos choros e risadas

Que foram proporcionadas em vida.

 

Ass.: Heidlara Meireles 

19/09/2024

01:20

  • Autor: Heidlara (Offline Offline)
  • Publicado: 19 de setembro de 2024 01:24
  • Comentário do autor sobre o poema: Imaginem esses fatos verídicos!\r\n
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 22
Comentários +

Comentários2

  • Lilian Fátima

    Nostalgia rende poesia de boa qualidade, aqui na sua página.

    • Heidlara

      Obrigada por essa bela observação! Agradeço, Lilian.... As lembranças são um ponto interessante em minha mente, ajudando na minha escrita e coração.

    • Shmuel

      Imaginei essas cenas! Um poema lindo! Heidlara, você é uma poeta maravilhosa.

      Abraços!

      • Heidlara

        Obrigada por suas palavras, Shmuel! Me sinto feliz ao ver esses comentários....Dá animo para prosseguir com as minhas lembranças coisadas.

        • Shmuel

          Lembranças coisadas... adorei.kkk



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