O ESTOURO DO GADO
Nada é como antigamente
Canga de bois pareados
Riscos no solo de arado
Moços cowboys adestrados
Chapéu vaqueiro tramado
O louco estouro do gado,
O laço longo, atirado
o boi bravio, ajuntado
Um a um, novamente
Riscos no solo de arado
Moços cowboys adestrados
Chapéu vaqueiro tramado
O louco estouro do gado,
O laço longo, atirado
o boi bravio, ajuntado
Um a um, novamente
Mulher jovem de trança
Gesto cortês na festança
No dedo anelar, aliança
Ao pedido do pretendente
O sobrenome de herança
Mãe aleitando a criança
Gabando da semelhança
Mostrando pra vizinhança
Gesto cortês na festança
No dedo anelar, aliança
Ao pedido do pretendente
O sobrenome de herança
Mãe aleitando a criança
Gabando da semelhança
Mostrando pra vizinhança
Famílias juntas, coesas
Urbana, rural e burguesa
Nos atos de singelezas
Orar pelo pão sobre a mesa
Urbana, rural e burguesa
Nos atos de singelezas
Orar pelo pão sobre a mesa
Saudar com delicadeza
Os velhos das redondezas
Foi ontem, grande riqueza
Que se sumiu de repente
Nada como antigamente
Os velhos das redondezas
Foi ontem, grande riqueza
Que se sumiu de repente
Nada como antigamente
(elfrans silva)
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Autor:
Elfrans Silva (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 16 de setembro de 2024 19:02
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 15
- Usuários favoritos deste poema: Sezar Kosta, Nelson de Medeiros
Offline)
Comentários3
Que poema lindo e nostálgico! Você me transportou para um tempo de simplicidade, de costumes e valores que parecem ter se perdido no tempo. Amei a maneira como você descreve a vida no campo, com detalhes que evocam imagens e cheiros: "Canga de bois pareados", "riscos no solo de arado", "chapéu vaqueiro tramado"... É como se eu estivesse vendo tudo acontecer diante dos meus olhos!
A imagem da "mulher jovem de trança", "gesto cortês na festança", "anelar com aliança", é de uma beleza simples e tocante. E a "família junta, coesa", "urbana, rural e burguesa", nos faz sentir a força dos laços familiares e a importância da união em tempos passados.
A tristeza da perda dessa "riqueza" que "se sumiu de repente" é palpável. Você conseguiu capturar a saudade da simplicidade e da união que marcaram uma época e que hoje nos faz pensar sobre o que perdemos e o que deveríamos resgatar.
Parabéns pelo poema! Você tem um dom para trazer o passado à vida com tanta poesia e emoção.
Há vantagem em ser longevo:
É que se viveu os melhores tempos
Pra relatar tudo que escrevo
É só entornar meus pensamentos
"elfrans silva"
Agradeço a análise profunda do meu texto
Seu comentário, á minha alma, fez contexo
rsrsrs
Abraços fraternos amigo poeta
Pois é, poeta. Este foi o tempo da inocência!"
A gente era feliz e não sabia, se diz
Até acho que a gente sabia, sim
Pois, fizemos oque nos fazia feliz
Coisas que hoje, se chegam ao fim
Como dissestes, tempo da inocência
Lembrou a do Éden, belo Jardim
Quisemos crescer, ter inteligência
Talvez o melhor, de toda a vivência
Levas dentro de ti. Levo dentro de mim
(elfrans silva)
Está o poeta muito bem afinado. Aplausos.
Externo a ti, com sinceridade
E com ternura, meu agradecer
Ao seu comentário. Sinceridade
Eu me contenho de envaidecer
Lembro que tu me disseste
Se gostar do poema, comento
Simples assim, como fizeste
Enche-me todo de contentamento
(elfrans silva)
Agradeço de coração sua presença
Poetisa Maria Dorta
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