Naquele dia no sofá,
Eu aprendi a dor de confiar,
Não confio na família, muito menos no meu lar.
Eu só tinha 14 anos,
Como eu poderia lhe parar?
A pessoa que eu mais confiava
Se tornou um monstro no meu olhar.
A inocência que me restava depois de tudo
Por esse monstro foi roubada.
O toque dele rasgou totalmente o meu ser,
Transformou o medo no meu amanhecer.
dia sem fim que começou a me consumir,
Como eu iria conseguir fugir?
Aquele sofá se tornou a lembrança daqueles toques no meu corpo,
aquele dia para mim vai ser sempre uma marca
Uma marca da traição que me foi mostrada.
Naquele dia eu aprendi que eu não podia confiar em ninguém,
A minha família se tornou meros seres ao meu ver.
Os sentimentos que me restaram,
Pela depressão foi levada.
- Autor: Tainara Freitas (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 9 de setembro de 2024 19:25
- Comentário do autor sobre o poema: Esse foi um dos poemas que mais doeu escrever. Para as pessoas que passam por isso o meu conselho é, grite, chame a polícia, principalmente se for feito por alguém da família, você não está só, e a culpa não é sua . Digo isso por experiência própria, não se calem.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 186
- Usuários favoritos deste poema: Bela flor, Vênus, Melancolia..., Paulo de Tarshish
Comentários3
Que relato triste. Chega a doer em nós quando fazemos uma leitura que permite ter empatia, ter esse olhar do outro ser que sofreu e que clamou, e que agora consegue desaguar em poesia. Sua mensagem é um alerta muito importante e que precisa mesmo ser expandido.. é uma grande contribuição no mundo poético sobre essa temática que nos desperta sobre confiar em pessoas com facilidade e as consequencias que elas nos geram. Sem ser culpa da pessoa que confiou, é claro. Mas, por causa da má índole do outro ser abusador. Infelizmente o mundo é maldoso e precisamos de cautela, tanto com os de fora e principalmente com os mais próximos de nós!
Que possas vencer todos esses pesadelos, imagino mesmo a dificuldade que foi ter que relembrar esses momentos terríveis e registrar por meio da poesia!
Minhas saudações a Ti, e boa recuperação! Aos poucos vai se libertando!
Infelizmente eu aprendi da pior maneira que não se devia confiar completamente nas pessoas. Aquela marca estará para sempre marcada no meu corpo, mas o bom é que eu aprendi que eu não devo confiar completamente em ninguém, nem mesmo nos meus familiares. Obrigada pelo carinho.
Esse relato é muito triste. Eu passei por uma situação assim com um amigo da família, porém eu era muito pequena e não entendia oq estava acontecendo. Eu sinto muito, de verdade. Espero que essa pessoa não seja mais próxima a você e que esse maldito sofá esteja bem longe de sua vista. Procure ajuda pra sua depressão, se for possível, faça terapia, não desista de se cuidar. Grande abraço!!!
Obrigado, eu também gostaria que ele estivesse fora da minha vista, só que infelizmente eu ainda tenho que sentar/deitar nesse sofá. Graças a Deus, ele não está mais dentro da minha casa, nem aonde eu moro, ele foi pros EUA.
Não direi que compreendo a sua dor, pois cada dor é única, infelizmente. No entanto, espero que essa dor desapareça com o tempo e com o amor de pessoas que mereçam a sua confiança.
O seu poema tocou-me muito.
Obrigada.
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