Foi numa tarde cinzenta, triste e fria,
que a mim chegaste graciosa, um dia,
e meu nome rabiscaste pelo chão...
E tão triste como a tarde me falavas
que assim fazendo ali depositavas
o tesouro de um triste coração...
Mas a chuva veio aos poucos se achegando
e o meu nome devagar foi apagando
sem que visses o meu pranto de emoção...
E seguimos rumo norte na jornada
separados... Cada qual em sua cavalgada
de amargura, de tristeza e solidão...
Na despedida me disseste entristecida
que te sentias uma intrusa em minha vida
e que minh!alma era fria como a tarde!
Emocionado, simplesmente eu te olhava
e impotente para dizer que eu te amava
deixei que fosse... Fui covarde!
Hoje a tarde é fria como aquela
e a saudade no meu peito é como a tela
que a dor tingiu com poeiras de granito!
E desde aquele dia em minha vida
ficou-me impresso dentro d'alma dolorida
teu doce nome para sempre escrito!
- Autor: Nelson de Medeiros ( Offline)
- Publicado: 4 de setembro de 2024 19:04
- Categoria: Amor
- Visualizações: 85
- Usuários favoritos deste poema: Lilian Fátima, Melancolia..., Maria dorta
Comentários6
Amigo Nelson, seus primorosos versos são uma canção de amor, cujo nome deveria ser “Saudade”.
Belo e grandioso poema!
Meus aplausos.
Impecável, caro poeta. Li e reli de coração. ?
Grande Lilian! Tua presença aqui e teu comentário é o maior prêmio que o poeta pode receber. 1 ab
Finalizando com um nome cravado e impresso dentro do peito...Soando docemente....
Abraços meu amigo por mais um grande escrito seu.
Tudo a ver com você, encantador Amor de Inverno. Lindo poema bom dia.
Parabéns, meu grande irmão. Peço vênia pra te presentear com um...
POEMA CONTRAPOSTO, em forma de comentário.
REENCONTRO NA PRIMAVERA
Foi numa tarde clara, ensolarada,
que a ti voltei, com alma renovada,
E teu nome escrevi com flores...
E tão alegre como a tarde, tu sorriste,
e em teus olhos, o brilho nada triste,
refletia renascer nossos amores.
As flores, testemunham nosso abraço,
Formavam um tapete em nosso espaço,
onde a alegria brotava em profusão...
E seguimos juntos, de mãos dadas,
pelos campos, em nossas cavalgadas,
Celebrando o fim da solidão.
Na reconciliação, tu me dissestes,
que em meu coração, sempre estivestes,
e que a primavera trouxe vida!
Emocionado, te abracei com fervor,
E declarei, sem medo, o meu amor,
Sentindo a felicidade renascida.
Hoje, a tarde é clara, como aquela,
e a’alegria no meu peito é a tela,
que a vida pintou, cor de'esperança!
E desde aquele dia, em nossa história,
ficou gravado, com eterna memória,
teu doce nome; com calma e bonança.
Caramba! Seu texto é como uma música triste tocada no violino em um dia chuvoso. Você tem o talento de transformar a melancolia em versos que fazem o coração apertar! Cada estrofe é como uma gota de chuva deslizando pela janela da alma.
Sabe aquela sensação de ouvir uma canção que parece contar exatamente a sua história? Pois é, ler sua poesia é assim! Tocante, profunda e cheia de emoção contida. Você conseguiu capturar a essência do amor não declarado de uma forma tão bela que até as nuvens parecem chorar em solidariedade!
Parabéns, de todo coração! Você não apenas escreveu um poema, você compôs uma sinfonia de sentimentos não ditos que ecoa nos corredores do tempo. Continue derramando assim, mestre das palavras não pronunciadas!
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