Desilusão

Nunca pensei que o amor fosse uma encenação dissimulada;
Sim, nos enganamos a cada dia, em um espetáculo meticulosamente preparado;
Com palavras ocas e gestos ensaiados;
Corações se perdem em silêncios abafados.

O brilho nos olhos, agora um reflexo desbotado,
Onde havia fogo, resta apenas um eco distante.
Promessas feitas no calor do momento,
São sombras do que poderia ter sido.

O espetáculo se desenrola em um palco de ilusões,
Cada ato, um ensaio para a desilusão final.
Mas talvez, no fundo, a verdade não esteja no roteiro,
No silêncio, onde o amor pode ser verdadeiro.