DESPEDIDAS

Maximiliano Skol



Eu... De tanto sofrer nas despedidas
Cicatrizes na alma ainda   latentes
Perduram-me da infância... ou de outras vidas
Tendo-as como passado e subjacentes.

Minh' alma traz no âmago incutidas
Situações de adeuses tão dolentes
A insinuar que as dores nela tidas
São coisas minhas: não de todas gentes.

E vivo nesse drama enquanto vivo
E comigo tal drama não desgruda
E lágrimas convulsas eu cultivo,

Pois qualquer despedida, assim banal,
Se pra outra pessoa nada muda,
Vem-me feito um revés descomunal.

Tangará da Serra, 29/08/2024

  • Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 30 de agosto de 2024 18:46
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 11
Comentários +

Comentários1

  • Lilian Fátima

    Coração sensível sofre com despedidas. Saudações

    • Maximiliano Skol

      Quão gratificante é receber tuas saudações, querida Lilian, de ti, tão prestigiada e benquista na comunidade do MLP pela tua excelsa verve poética.
      Beijos.



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