Descobri meu padrão
Engraçado pensar nisso
Mesmo entendendo o que atraio
Não me sinto mal
Ou culpado
Tenho um imã social
Para pessoas quebradas
De maneira afetiva
Eu acolho
Eu abraço
Eu apoio
Eu amparo
Sirvo de muleta
Pra suas dores
Sirvo de curativo
Para o que está machucado
Mas no final
Acabo quebrado
Largado
Abandonado
Rejeitado
Se curo quem amo
Quem me cura?
Eu?
Não sinto ter forças para isso
Não sinto vontade para isso
Qual é meu desejo?
Outra pessoa para curar?
Ou para me curar?
Não
Preciso ser sozinho
Me recuperar
Me concertar
Me acolher
Me reencontrar
Para então viver
Talvez
Um novo amor
-
Autor:
RFJ (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 18 de agosto de 2024 12:13
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 87
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia..., Filha de Caim, Edvan Pereira
Offline)
Comentários2
Talvez sua perdição seja curar outras pessoas e se perder na solidão delas. E quando finalmente elas estiverem boas os suficientes para voar, você estará sozinho novamente, mas dessa vez carregando tudo o que ela sentia, será você faminto por emoções quebradas?
Acredito que seja afetivamente melhor conectado com pessoas quebradas, um sentimento quase parental buscando "concertar" as emoções de quem amo, para que ela voe... meu fardo, involuntário, a princípio é esse...
Mais que enredo poético lindo...Servir de suporte no amor...
Abraços
Felizmente ou Infelizmente este é meu padrão!
Obrigado por suas palavras!
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.