DA NARCOSE A INSPIRAÇÃO
Abro a janela
E preciso descortinar os umbrais das portas mudas.
Meu coração está frio
Preciso descongelar o sangue
E tirar as nuvens
Que encobrem as névoas pálidas das minhas veias.
A ânsia seca do peito vazio me enerva o cérebro e, da janela procuro a inspiração
Que ainda não pari.
De vez em quando aborto
Palavras estranguladas
Pela secura de versos que não escrevi .
Mas da janela observo Noites
Dias
Flores
Luas e sois
Pássaros
Cores
Amores.
Enfim, descongela-se
Tudo que parecia imutável.
E o transe cataléptico
E sua narcose
Se dispersa
Aí gesto a poesia
Que não nascia!
- Autor: Carlos (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 15 de julho de 2020 11:44
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 8
Comentários2
"...
Aí gesto a poesia que não nascia!"
Você é um paridor de belas criações!
Abraço!
Kkkk! Obrigado!
E que "parto"... Parabéns poeta! Maravilhosa obra.
Obrigado, Mari!
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