No palco interno onde habito,
duas forças em eterno duelo,
a razão, fria e calculista,
e a paixão, ardente e impulsiva,
dançam uma valsa sem fim,
no compasso do meu coração.
A razão, vestida de luz,
ergue sua lanterna brilhante,
aconselha-me com voz serena:
"Segue o caminho reto e seguro,
não te percas nas sombras do desejo,
pois a lógica é teu farol."
Mas a paixão, envolta em chamas,
responde com fervor indomável:
"Vive o agora, sente o ardor,
não há lógica que prenda o amor,
deixa-te levar pelo fogo,
pois é no calor que encontras a vida."
E eu, poeta, equilibrista,
caminho na corda bamba,
entre a luz da razão e o fogo da paixão,
busco o ponto de equilíbrio,
onde ambas possam coexistir,
sem que uma apague a outra.
Na criação dos meus versos,
encontro a síntese perfeita,
a razão molda a forma,
a paixão infunde a essência,
e juntos, criam poesia,
um reflexo da minha alma.
Celebro, então, essa dança,
entre a lógica e o desejo,
pois é na fusão dessas forças,
que descubro a plenitude,
abraçando tanto a luz quanto a sombra,
na eterna dança da razão e da paixão.
- Autor: Sezar Kosta ( Offline)
- Publicado: 10 de agosto de 2024 23:10
- Comentário do autor sobre o poema: Ei, pessoal! Escrevi esse texto para mostrar como a gente vive nessa gangorra louca entre o coração e a cabeça. Sabe quando você tá tipo naquele momento "anjo e diabinho no ombro"? Foi exatamente pensando nisso que minha inspiração fez uma pirueta e caiu no papel! E aí, o que vocês acham? Me conta qual parte fez vocês se identificarem mais, como se tivessem se visto num espelho poético!
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 14
Comentários1
Um duelo antigo e sempre imprevisível aqui na sua página descrito
Parabéns pela poesia ?
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