VELHO ABRIGO

Nelson de Medeiros

Revi, enfim, minha vetusta casa...

O jardim, que já fora o meu enleio,

está deserto e apenas vi no meio

um cacto plantado em cova rasa...

 

Então, no auge das lembranças, cheio

de melancolia, a tristeza vaza

de mi! Alma compungida, e extravasa

uma saudade imensa que não freio...

 

Lembrei-me, então, daqueles tempos idos,

das tardinhas serenas, langorosas

e, o barracão que nos serviu de abrigo!

 

Revi de assalto instantes já vividos,

e, no jardim me vi, em meio as rosas,

colhendo os beijos que plantei contigo!

 

08/2024

 

Nelson de Medeiros

  • Autor: Nelson de Medeiros (Offline Offline)
  • Publicado: 10 de agosto de 2024 07:40
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 19
  • Usuários favoritos deste poema: Lim
Comentários +

Comentários2

  • Lilian Fátima

    LI e reli com prazer seu belo soneto. Feliz sábado, poeta.

  • Maria dorta

    Uau, que poema nostálgico e gloriosamente belo. Um encanto que encanta tudo no jardim,até os cactus normalmente tão espinhosos. Mas,você tem poderes mágicos com tua verve poética!



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