Entre o velo e o silêncio

Gustavo Cunha

Quando dois corpos se encontram,

Não é a matéria que vibra, porém sim as almas.

A alma é imortal;

O corpo é breve.

A alma não pode ser conhecida pelo homem;

Não é essa a nossa função.

Talvez seja esse o erro de todos os enamorados:

Todos desejam possuir a alma, penetrá-la de alguma forma, compreendê-la.

A alma pertence a outro mundo, aquele que é ininteligível.

Amemos, portanto, os corpos, que manifestam o sussurro etéreo das almas.

Na dança transitória deles, o eterno se revela no instante fugaz.

Não nos deixemos enganar pela ilusão do perene,

Pois é na transitoriedade que o amor revela sua essência.

  • Autor: Gustavo Cunha (Offline Offline)
  • Publicado: 7 de agosto de 2024 12:28
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 51
Comentários +

Comentários4

  • Lilian Fátima

    Fiquei encantada com esse poema. Belo e tocante. . ??

    • Gustavo Cunha

      Muito obrigado por suas cândidas palavras, querida!

    • Shmuel

      ..."Não nos deixemos enganar pela ilusão do perene,"...

      Genial!

      • Gustavo Cunha

        Obrigado pelo encômio, amigo!

      • Gustavo Cunha

      • LEIDE FREITAS

        Excelente reflexão. Gostei.

        Boa noite, poeta Gustavo Cunha!



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