Quando dois corpos se encontram,
Não é a matéria que vibra, porém sim as almas.
A alma é imortal;
O corpo é breve.
A alma não pode ser conhecida pelo homem;
Não é essa a nossa função.
Talvez seja esse o erro de todos os enamorados:
Todos desejam possuir a alma, penetrá-la de alguma forma, compreendê-la.
A alma pertence a outro mundo, aquele que é ininteligível.
Amemos, portanto, os corpos, que manifestam o sussurro etéreo das almas.
Na dança transitória deles, o eterno se revela no instante fugaz.
Não nos deixemos enganar pela ilusão do perene,
Pois é na transitoriedade que o amor revela sua essência.
- Autor: Gustavo Cunha ( Offline)
- Publicado: 7 de agosto de 2024 12:28
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 51
Comentários4
Fiquei encantada com esse poema. Belo e tocante. . ??
Muito obrigado por suas cândidas palavras, querida!
..."Não nos deixemos enganar pela ilusão do perene,"...
Genial!
Obrigado pelo encômio, amigo!
Excelente reflexão. Gostei.
Boa noite, poeta Gustavo Cunha!
Agradecido, querida!
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