Devaneio

Helio Valim

 

A manhã acordou fria,

descortinando a paisagem nívea,

repleta de reflexos prata.

 

Enquanto a terra grata

suava gotículas nobres,

cerzindo de modo indelével

a tenra noite passada...

 

No meio do bosque distante,

uma pequena choupana de madeira

derramava fumaça pela chaminé

de sua singela lareira.

 

O aroma doce amargo

do café caseiro torrado,

fazia com que a manhã,

entorpecida pela fragrância,

relutasse pelo primeiro gole do dia...

 

Enquanto a árvore próxima,

aquele secular carvalho,

transpirava em alegrias,

murmurando suave melodia

composta pelo animado respingar

de uma cristalina gota de orvalho...

  • Autor: Helio Valim (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 14 de julho de 2020 20:30
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 10
Comentários +

Comentários2

  • Nelson de Medeiros

    Belo, poema, poeta.
    Belas imagens

    1 ab

    • Helio Valim

      Obrigado! Um grande abraço.

    • Hébron

      Adoro devaneios que nos fazem criar quadros de paisagens...
      Muito bonito o poema, meu amigo
      Abraço

      • Helio Valim

        Obrigado Hébron! De quando em vez é bom devanear. Suaviza o cotidiano. Um abraço meu amigo.



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