A manhã acordou fria,
descortinando a paisagem nívea,
repleta de reflexos prata.
Enquanto a terra grata
suava gotículas nobres,
cerzindo de modo indelével
a tenra noite passada...
No meio do bosque distante,
uma pequena choupana de madeira
derramava fumaça pela chaminé
de sua singela lareira.
O aroma doce amargo
do café caseiro torrado,
fazia com que a manhã,
entorpecida pela fragrância,
relutasse pelo primeiro gole do dia...
Enquanto a árvore próxima,
aquele secular carvalho,
transpirava em alegrias,
murmurando suave melodia
composta pelo animado respingar
de uma cristalina gota de orvalho...