Tudo o que me destes, te entrego agora
de volta... A foto na areia molhada,
o anel, a estrela do mar roxeada
e, até mesmo aquela carta de outrora!
Essa, nem sei se inda a tenho guardada...
Se a encontrar te enviarei sem demora
e, junto, irá também seu poema, embora
ele só prove uma jura quebrada!
Tudo eu te devolvo em prioridade
Pois, que aqui tudo é finito que eu sei
e, só o amor, na vida, é permanente!
Mas, só não te devolvo esta saudade,
que é sua também, mas que guardarei
comigo, dentro d’alma, eternamente!
- Autor: Nelson de Medeiros ( Offline)
- Publicado: 2 de agosto de 2024 11:11
- Comentário do autor sobre o poema: Talvez, porque creia nelas, às vezes, eu penso que vejo retalhos de vidas passadas, não de uma, mas de várias, e, na mente me surgem pedaços dessas vivências, fragmentos delas. Então, eu tento transformar cada um desses momentos, certamente de ilusões, em poesia. Este soneto é um deles.
- Categoria: Amor
- Visualizações: 24
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia..., Lim
Comentários3
Meu caro amigo...Se estes sonetos são ilusões....Mais que lindo em....Parece vindas do próprio coração.
Aplausos.
Ave, poeta. Poesias são, via de regra, verdades e fantasias colocadas em 14 estrofes... 1 ab
São sonetos de pura recordação. Um tanto triste pelas devoluções é uma despedida e não sou muito fã de despedidas prefiro eternizar. Belo soneto. Bom dia.
Bom dia, poeta. Com certeza, mas penso também que não existem despedidas eternas. Apenas um mais tarde a gente se vê. 1 ab
Tenho essa tendência também,Mestre! Muitas vidas passadas( segundo o Espiritismo,) explicam essas súbitas memórias daquilo que vivemos um dia, às vezes dor, às vezes grande amor que vai e vem visitando minhas memórias ...na poeira do tempo. Acho até que já estive no séquito de teus " seguidores" e continuo sua fã ,aplaudindo_ te!
Ave poetisa! Grande é sempre o meu contentamento ao te ver aqui em minha escriva onde a saudade de alguma coisa que, ás vezes, nem conheço, são transformadas em liras que contam, quase sempre,. pedaços de uma vida. Grande abraço
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