desdobra-se o céu em retalhos de azul
e a gente não vê quando toca em algum
é que o infinito, poetas, é feito de nadas
de pequeninos fios que tramam a vida
miudezas celestes aos olhos da alma
palpáveis ao coração descalço no chão
do grão de areia que estende o universo
onde formigas o carregam mais além
e todo pormenor abriga uma imensidão
revelações habitam ínfimas simplicidades
há mundos camuflados, como curiangos
e estrelas nascidas do piscar de amigos
-- esse poema foi publicado em meu blog pessoal (https://antoniobocadelama.blogspot.com/) em 01/08/24 --
- Autor: Antonio Luiz ( Offline)
- Publicado: 1 de agosto de 2024 12:44
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 10
- Usuários favoritos deste poema: Letícia Alves
Comentários1
UAUUUUU.
A coisa mais linda que li hoje (e olha que já li meu livro do escritor japonês Kazuo Ishiguro hoje hahaha)!!!
Que ‘coisa’ extremamente delicada e bonita. Adoro a magia das palavras que permeiam o seu poema. Com certeza um dos motivos da minha grande admiração advém da identificação com os temas e por ser apaixonada nas metáforas utilizadas: “desdobra-se o céu em retalhos de azul
e a gente não vê quando toca em algum” – dignamente uma frase que merece palmas e palmas!!
Abraços iluminados e azulados!
(esse com toda a certeza voltarei para reler)
Querida poeta e amiga Letícia,
Esses tantos aspirantes que me habitam tornam-se mais poetas diante de uma leitura tão aprofundada e de comentários tão amáveis como esse teu: estamos curvados aos teus aplausos!
Muito obrigado!
Um forte abraço.
Você merece!
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