desdobra-se o céu em retalhos de azul
e a gente não vê quando toca em algum
é que o infinito, poetas, é feito de nadas
de pequeninos fios que tramam a vida
miudezas celestes aos olhos da alma
palpáveis ao coração descalço no chão
do grão de areia que estende o universo
onde formigas o carregam mais além
e todo pormenor abriga uma imensidão
revelações habitam ínfimas simplicidades
há mundos camuflados, como curiangos
e estrelas nascidas do piscar de amigos
-- esse poema foi publicado em meu blog pessoal (https://antoniobocadelama.blogspot.com/) em 01/08/24 --