Antonio Luiz

Habitat de infinitos

desdobra-se o céu em retalhos de azul

e a gente não vê quando toca em algum

é que o infinito, poetas, é feito de nadas

de pequeninos fios que tramam a vida

 

miudezas celestes aos olhos da alma

palpáveis ao coração descalço no chão

do grão de areia que estende o universo

onde formigas o carregam mais além

 

e todo pormenor abriga uma imensidão

revelações habitam ínfimas simplicidades

há mundos camuflados, como curiangos

e estrelas nascidas do piscar de amigos

 

 

-- esse poema foi publicado em meu blog pessoal (https://antoniobocadelama.blogspot.com/) em 01/08/24 --