Era um bar qualquer,
Numa esquina qualquer,
Era verão, um dia ensolarado,
E você estava lá, a personificação do pecado.
Viver é um ato de desobediência,
Rebele-se, contra si mesmo.
Leve-se e se deixe levar,
É a única forma de um dia prosperar.
Amores virão, chuvas cairão,
Fumaças serão espalhadas e bebidas derramadas.
No palco da existência, atores sem roteiro,
Desenhamos a ilusão de um destino certeiro.
Mas a vida, imprevisível, nos arrasta em seu curso,
E a risada se transforma em choro, o verso em discurso.
Não somos donos do nosso fado,
Marionetes da sorte, num jogo macabro e sagrado.
A vida, uma peça trágica, nos revela a verdade nua,
A insignificância humana, a efemeridade que nos insinua.
Entre o querer e o ter, a eterna procura,
A vida nos embriaga, a gente se engana, se busca.
Em cada esquina, um novo gole, um novo verso,
Na dança da vida, a gente se perde, se encontra no universo.
- Autor: Hansel ( Offline)
- Publicado: 29 de julho de 2024 10:18
- Comentário do autor sobre o poema: Este poema surgiu de um cenário que criei com meu amigo, em que pensávamos sobre a efemeridade da vida e que as coisas acontecem em qualquer lugar, sem horário marcado ou algo a buscar.
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 42
- Usuários favoritos deste poema: Nelson de Medeiros
Comentários2
Ave poeta! Excelente este teu poema filosófico, sobre a pequenez da vida.
1 ab
Vivemos nesses extremos que o poeta pontuou tão bem!
Abraços,
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