Era um bar qualquer,
Numa esquina qualquer,
Era verão, um dia ensolarado,
E você estava lá, a personificação do pecado.
Viver é um ato de desobediência,
Rebele-se, contra si mesmo.
Leve-se e se deixe levar,
É a única forma de um dia prosperar.
Amores virão, chuvas cairão,
Fumaças serão espalhadas e bebidas derramadas.
No palco da existência, atores sem roteiro,
Desenhamos a ilusão de um destino certeiro.
Mas a vida, imprevisível, nos arrasta em seu curso,
E a risada se transforma em choro, o verso em discurso.
Não somos donos do nosso fado,
Marionetes da sorte, num jogo macabro e sagrado.
A vida, uma peça trágica, nos revela a verdade nua,
A insignificância humana, a efemeridade que nos insinua.
Entre o querer e o ter, a eterna procura,
A vida nos embriaga, a gente se engana, se busca.
Em cada esquina, um novo gole, um novo verso,
Na dança da vida, a gente se perde, se encontra no universo.