Cacos

Helio Valim

 

Operário, operante, operador.

Empregado, onipresente, trabalhador.

Proletário, incoerente, colaborador.

 

Cacos de vidro em vão,

quebrados sobre o muro,

deixam rasgos na mão.

Socos que esmurram,

tentando pular tal opressão

 

Vida separada, segregada.

Verdade contida, rasgada.

Esperança silenciada, reprimida.

História esquecida, perdida.

Cacos de vida que se vão.

 

Da labuta sobra apenas a luta.

Pedaço de convicção pura,

que não consola, nem cura.

  • Autor: Helio Valim (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 18 de julho de 2024 12:11
  • Comentário do autor sobre o poema: Poesia no Caos https://www.facebook.com/groups/1218204639013511
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 24
Comentários +

Comentários3

  • Maria dorta

    Os cacos de vidros simbólicos,resguardam os bens avidamente guardados e às até roubados daqueles que,licita ou ilicitamente seus bens Acumularam ou ciosamente esconderam seus próprios sentimentos, avaros não os partilham,! Aplausos!

    • Helio Valim

      Olá, Maria dorta
      Obrigado pelo comentário. Concordo!
      Um abraço

    • Lilian Fátima

      Destroços do que antes era algo sólido e indicativo de sucesso e felicidade caí por terra e fica a sensação de ruínas e poucos vestigios do que antes era frutífero. Tive essa impressão na leitura. saudações pela poesia. Abraços

      • Helio Valim

        Olá, Lilian
        Obrigado pelo comentário,
        Um abraço

      • Lilian Fátima



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