O HOMEM E A PESTE

Nelson de Medeiros

O HOMEM E A PESTE

 

Ante a peste que se achega no mundo

No alvorecer do milênio segundo,

Toda a humanidade se desmascara!

Os vis e desumanos, em grupos pervertidos,

Alinham-se e seguem  conduzidos

Pelos vícios que a vontade escancara!

 

Ímpetos egoístas, interesseiros

Aportam-lhe na alma...  Mensageiros

Do egoísmo, da cobiça, e ciúme!

Não tem ideia do dar sem receber,

E , cego,  sequer consegue  entrever

Da luz do amor um pequeno lume!

 

Quando obrigado não consegue ajudar

Sem resmungar sem  reclamar,

Cria o choque da exigência

Para qualquer de seu semelhante,

E  um novo choque colhe adiante,

Confundindo a própria existência!

 

Com a discórdia sempre entrelaçados,

Perdem-se sem rumo,  desalinhados

Do verdadeiro sentido da vida!

Pobres ignaros  que apenas mentem

Para si próprio e não sentem,

Que é da lei que todo mal retorna em mal!

 

Nelson De Medeiros

13.07.2020 

  • Autor: Nelson de Medeiros (Offline Offline)
  • Publicado: 13 de julho de 2020 15:36
  • Comentário do autor sobre o poema: Negativismo parvo.
  • Categoria: Sociopolítico
  • Visualizações: 51
Comentários +

Comentários6

  • SANTO VANDINHO

    Reflexiva poesia e atual, para época em que muito Humano estão se mostrando verdeiro animal (sem acusar os verdadeiros) Paz e bem Poeta ! Abraçossss

  • Camila Fiorentini

    Incrível e intensa! E a mais pura verdade! Obrigada pelo poema.

    • Nelson de Medeiros

      Obrigado menina poeta pela leiturae comentário.
      1ab

    • Rosangela Rodrigues de Oliveira

      Incrível realidade. "Pobres ignaros que apenas mentem, para si próprio e não sentem"...Parabéns poeta sempre arrasa com seus poemas.

      • Nelson de Medeiros

        Obrigado menna. Sempre recebido com carinho o teu comentário.

        1 ab

      • Hébron

        Bravo, poeta!
        Poema com fortes verdades...
        Abraço, meu amigo

        • Nelson de Medeiros

          Muito grato companheiro, pelo prestígio que nos dá.

          1 ab

        • Chico Lino

          Belíssimo, digno do ¨Boca do Inferno¨, Gregório de Matos...
          Como dizia à Cecilia: está passando da hora de desembainharmos nossas bengalas e brandir aos quatro ventos...
          Forte braço, Nelson Medeiros

          • Nelson de Medeiros

            Que honra companheiro. Ter lembrado o primeiro poeta brasileiro é uma honra.
            1ab

          • Elizabeth Bernardes

            Nelson, parabens pelo poema, tenho o mesmo sentimento, são governantes corruptos que so pensam em si mesmo. triste.Parabens!



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