O HOMEM E A PESTE
Ante a peste que se achega no mundo
No alvorecer do milênio segundo,
Toda a humanidade se desmascara!
Os vis e desumanos, em grupos pervertidos,
Alinham-se e seguem conduzidos
Pelos vícios que a vontade escancara!
Ímpetos egoístas, interesseiros
Aportam-lhe na alma... Mensageiros
Do egoísmo, da cobiça, e ciúme!
Não tem ideia do dar sem receber,
E , cego, sequer consegue entrever
Da luz do amor um pequeno lume!
Quando obrigado não consegue ajudar
Sem resmungar sem reclamar,
Cria o choque da exigência
Para qualquer de seu semelhante,
E um novo choque colhe adiante,
Confundindo a própria existência!
Com a discórdia sempre entrelaçados,
Perdem-se sem rumo, desalinhados
Do verdadeiro sentido da vida!
Pobres ignaros que apenas mentem
Para si próprio e não sentem,
Que é da lei que todo mal retorna em mal!
Nelson De Medeiros
13.07.2020