Nelson de Medeiros

O HOMEM E A PESTE

O HOMEM E A PESTE

 

Ante a peste que se achega no mundo

No alvorecer do milênio segundo,

Toda a humanidade se desmascara!

Os vis e desumanos, em grupos pervertidos,

Alinham-se e seguem  conduzidos

Pelos vícios que a vontade escancara!

 

Ímpetos egoístas, interesseiros

Aportam-lhe na alma...  Mensageiros

Do egoísmo, da cobiça, e ciúme!

Não tem ideia do dar sem receber,

E , cego,  sequer consegue  entrever

Da luz do amor um pequeno lume!

 

Quando obrigado não consegue ajudar

Sem resmungar sem  reclamar,

Cria o choque da exigência

Para qualquer de seu semelhante,

E  um novo choque colhe adiante,

Confundindo a própria existência!

 

Com a discórdia sempre entrelaçados,

Perdem-se sem rumo,  desalinhados

Do verdadeiro sentido da vida!

Pobres ignaros  que apenas mentem

Para si próprio e não sentem,

Que é da lei que todo mal retorna em mal!

 

Nelson De Medeiros

13.07.2020