Nas asas do tempo a existência voa
e, leva as mágoas que a alma pranteia!
Mas, lá no infinito, a lua clareia
a poesia numa estrela boa!
Mesmo assim, a solidão é cadeia
no tempo onde a saudade se amontoa!
O ontem, no presente inda ressoa
e, n!alma a dor antiga inda ponteia!
Oh, poeta, que versos ousas criar?
Não sabes bem que a dor é singular,
e, na existência nos é proporcional?
Grava, então, toda a dor em poesia
pois, neste mundo, cheio de heresia,
se a vida é fugaz, a arte é imortal!
Nelson de Medeiros
- Autor: Nelson de Medeiros ( Offline)
- Publicado: 26 de junho de 2024 18:48
- Categoria: Amor
- Visualizações: 22
- Usuários favoritos deste poema: R. Barbosa Gameiro
Comentários3
..."se a vida é fugaz, a arte é imortal!"...
Um craque este poeta sensível e inteligente ao expor teus pensamentos poéticos-filosóficos.
Abraços do Shmuel!
Foi ótimo viajar nessas asas do tempo...
Este poema está excelente! Gostei tanto que vou querer lê-lo um dia mais tarde. Obrigado pela arte!
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