Esmero

Helio Valim

 

Observo, atentamente,

aquele marceneiro, 

com um único pensamento em mente:

ele trata a madeira com esmero.

 

O respeito que cultua

àquele pedaço de madeira,

que um dia foi frondosa Imbuia.

 

Usando suas ferramentas,

modela com criatividade.

Respeitando a longevidade

daquela que sobreviveu às tormentas.

 

Resistiu, bravamente, ao tempo.

Entretanto, tombou para o vilão mais impiedoso.

Assim, sem consentimento, tornar-se-á móvel lustroso.

  • Autor: Helio Valim (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 6 de julho de 2020 00:08
  • Comentário do autor sobre o poema: Foto de PRISCILA ARROCHELLAS FOTOGRAFIA @priscilaarrochellasfotografia
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 10
Comentários +

Comentários3

  • Hébron

    Reflexão muito boa nesse belo poema!
    A arte do marceneiro artesão, a obra que se aprecia e o seu caro preço, mais caro pela degradação criminosa promovida pelo vilão impiedoso... E isso é lamentável!
    Grande abraço

    • Helio Valim

      Prezado Hebron, obrigado pelo comentário. O mesmo homem que devasta, é capaz de respeitar a natureza e realizar a sua arte. Um abraço.

    • Lilian Fátima

      Tem atividades que são verdadeiras Artes e com esmero o artífice dá o toque de encanto e primor. Muito bom!

      • Helio Valim

        Olá Lilian, obrigado pelo comentário. Com esmero e respeito à natureza o artífice deve criar a sua arte. Um abraço.

      • Kermerson Dias

        Que lindo poema!

        • Helio Valim

          Olá Kermerson. Obrigado pelo comentário. Não podemos descuidar da natureza! Um abraço.



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