Ernane Bernardo

Melancolia Inominável

 

Melancolia Inominável

 

Onde foi parar a alma do poeta? 

Logo ela, que grita e se manifesta 

Não sei! Não sei! 

Sobretudo, existe poeta sem dor

De sentimentos vazios, e sem cor? 

 

Se a alma não fragmenta versos 

A caneta não pode se expressar 

E se o poeta não tiver o dom de Deus 

Onde os livros irão se pronunciar! 

 

Vejo o bloco de papel indignado 

Pois, a caneta impede de escrever 

Não há rascunho, nem máquina 

Pois, não há verdade melancólica 

 

Será que existe poeta inominável 

Onde sua melancolia não há dor? 

Onde está seu estado melancólico 

Se a tristeza profunda se ausentou.

 

_ Ernane Bernardo

  • Autor: Ernane Bernardo (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 23 de Fevereiro de 2024 19:44
  • Comentário do autor sobre o poema: Está é minha segunda versão com o título melancolia, uma com verídica melancolia e a outra o inverso.
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 31

Comentários3

  • Claudio Reis

    Ernane amigo poeta,

    Seu versos exprimem o sentimento do desprezo oriundo do mais frio gelo, gelo que os poetas tem à quem jamais terá na alma o dom da arte que permeia os corações dos que com papel e caneta a vida e o amor transmite, afagando muitos outros corações com a pura verdade de si mesmo.
    Gelo aos corações impermeáveis e almas sem dom, que exprimem em suas escritas belos sentimentos vindos de outros, mas que os próprios não os tem.

    Belos versos amigo Ernane, abraço

  • Ernane Bernardo

    Gratidão meu nobre amigo poeta colibri Cláudio Reis, concordo plenamente, está é a segunda versão com o título melancolia, a outra fala da verdadeira melancolia, aquela que fala da reflexão e da tristeza profunda. Grato por seu comentário. Abraços poéticos.

  • Helena Rodrigues

    Poesia riquíssima de manifesto,
    E com muita dor e consternação...
    Ou se É, ou não se É...
    Não se copia, não se rouba
    Poderá roubar a canção mas nunca a voz do cantor,
    Poderá roubar o quadro, mas nunca as mãos do pintor,
    Poderá roubar a poesia,
    Mas nunca a Alma do escritor
    A alma que dita os sentimentos
    A luz que cada um tem, ninguém pode roubar ou apagar !

    Saudações Poéticas amigo Ernane



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