Ernane Bernardo

Melancolia InominĂ¡vel

 

Melancolia Inominável

 

Onde foi parar a alma do poeta? 

Logo ela, que grita e se manifesta 

Não sei! Não sei! 

Sobretudo, existe poeta sem dor

De sentimentos vazios, e sem cor? 

 

Se a alma não fragmenta versos 

A caneta não pode se expressar 

E se o poeta não tiver o dom de Deus 

Onde os livros irão se pronunciar! 

 

Vejo o bloco de papel indignado 

Pois, a caneta impede de escrever 

Não há rascunho, nem máquina 

Pois, não há verdade melancólica 

 

Será que existe poeta inominável 

Onde sua melancolia não há dor? 

Onde está seu estado melancólico 

Se a tristeza profunda se ausentou.

 

_ Ernane Bernardo