O PERFUME
Ela evolava rara e doce essência ...
De pronto prendeu-me sua fragrância!
Então, numa invencível e estranha ânsia,
ao seu corpo me rendi, sem prudência!
Seu aroma era a marca da constância,
e, sempre que a via, em nossa vivência,
ela enchia de meiga experiência
mi! alma, mal saída da infância!
O passado, porém, no tempo, é bruma
que em sua viagem sem volta, esfuma
nossos momentos mais inebriantes!
Mas, hoje eu pude ver o ontem no ar
ao sentir que a jovem, na orla do mar,
tinha o perfume daqueles instantes!
Nelson de Medeiros
- Autor: Nelson de Medeiros ( Offline)
- Publicado: 18 de janeiro de 2024 16:51
- Categoria: Amor
- Visualizações: 27
Comentários2
Eita ...quantas coisas lindas deixastes aqui...
Bravo;
SERGIO NEVES - ...eu, particularmente, há muito não tô lá inspirado pra escrever...,...então, pra compensar, fico "caçando" -por aqui e por ali- poesias de realce que possam vir a preencher, de aluma forma, essa minha "lacuna intelectual" -podemos dizer assim...,...e esse teu escrito, por todo o preciosismo poético nele contido, me alentou....,...tá de uma "belezura" só! ...uma inspiração muito bem desenvolvida (e perfumada)...,...uma poesia poesia! /// Abçs.
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