Vestiu-se de negras sedas tão puras,
No recanto ermo da solitude...
Cobriu-me o peito morto de agruras,
Entristecidas flores no ataúde.
Minhas lembranças da áurea juventude,
Escureceram-se elas nas alturas,
Restou-me só este pesar tão rude,
E o gutural silêncio das alvuras.
Ai quando olhei-te branca padecendo,
Lembrei-me d'um ocaso que morrendo,
Trouxeste-me teu brilho, já fanado...
E nesse solo que a vida se encerra,
Florescem como flores sobre a terra,
As sacras melodias do passado.
Thiago Rodrigues
- Autor: Thiago R ( Offline)
- Publicado: 31 de dezembro de 2023 09:57
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 5
- Usuários favoritos deste poema: Edla Marinho
Comentários2
Passo muito tempo sem vir ao MLP, uma pena!!!
Mas a compensação é vir e ler tão expressiva poesia, caro poeta!
Sempre um deleite sua impecável escrita em sonetos, meus parabéns!
Aproveitando para desejar e ti um feliz 2024, junto aos teus!
Meu abraço.
Obrigado pelas sinceras palavras, Edla! Um feliz 2024 para ti também! Uma boa tarde.
"E nesse solo que a vida se encerra,
Florescem como flores sobre a terra,
As sacras melodias do passado."
BELÍSSIMO!
Como sempre espetacular.
Abraços, querido poeta!
Obrigado pelo comentário, Letícia! Uma boa tarde.
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