Hoje vou sair por ai para andar à toa pelas ruas

N'uma calçada qualquer quero encontrar com o prazer

Ver no semblante das pessoas seus anseios desvairados

Todas suas vontades de encontrarem o caminho da felicidade

Corações cheios de fé e esperança escondendo seus ais

Olhares perdidos nas direções dos seus destinos incertos

Carentes! Avidos de compreensão em suas escolas da vida

 

Quero colher a flor no jardim da praça e carrega-la comigo

E por onde eu passar quero que todos notem sua beleza

Toda a minha alegria por ela causada nesta exposição casual

Mesmo à aqueles que não quiserem ver, eu abrirei um sorriso

Até que surja alguém que me retribua para eu poder abraçar

 

Quero virar esquinas e passar por lugares onde nunca passei

Não medir as distancias vindouras, percorridas e deixadas para trás

Havendo luz do Sol sobre mim, andar sem temer o desconhecido

Igualmente ao Bambu em seu vai e vem que não resiste ao vento

Deixar-me sentir as emoções de alegria e tristeza inseridas no mundo

Andando à toa mas sabendo para onde ir e levando comigo a flor

Caminhos tortos em subidas e descidas, retas estreitas e vastas planícies

Mas certo e sabido que são os caminhos que me levam ao amor.

 

Claudio Reis