Ó nuvens brancas, calmas e sem dores,
Que no céu andais sobre os outeiros,
É tão belo o poente como as flores
Na mortalha de remotos nevoeiros:
Nuvens brancas, minh'alma sem plangores,
Floresceste como alvos jasmineiros,
E os prados encobertos por palores,
Já ficastes a olhar dias inteiros:
Havia rosas no jardim e açucenas,
Sinos que dançavam sobre as ermidas
No vagar das névoas tão serenas...
Lembravam, vós, a mística consorte,
Ó nuvens, trêmulas, como essas vidas
Que andando vão seguindo para a morte.
Thiago Rodrigues
- Autor: Thiago R ( Offline)
- Publicado: 29 de novembro de 2023 12:32
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 4
Comentários1
Belo soneto!!
Abraços.
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