joaquim cesario de mello

QUASE NADA

 

É pouco

muito pouco

tanto pouco

que chega a ser quase nada

 

Mas como Pessoa

não sou nem posso querer ser nada

apesar de não ter os sonhos todos do mundo

trago em mim meus sonhos não consumados

 

É pouco

muito pouco

tanto pouco

que chega a ser quase nada

 

Mas antes que chegue a hora combinada

em que minha alma imortal retornará

ao pó da areia em que não fui retirado

vou arrancar do quase o que puder usurpar

para plantar no sítio que me cabe na vida

o pomar cujas frutas que até lá irei sugar

 

É pouco

muito pouco

tanto pouco

que um por um triz

ainda não se tornou nada

 

  • Autor: joaquim cesario de mello (Offline Offline)
  • Publicado: 6 de Novembro de 2023 08:30
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 8
  • Usuário favorito deste poema: CORASSIS.

Comentários2

  • CORASSIS

    Poesia :Quase Nada ,
    Em Máximo poético
    Aplauso ao nobre Joaquim.

  • Maximiliano Skol

    Prezado Joaquim Cesário, nesse 'tanto pouco' de seu poema você expressou 'um tanto muito' da existência.
    Excelente texto poético.
    Um abraço.



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