Letícia Alves

Durante A Noite



Porque à noite eu coleciono as coisas das
quais eu sinto muita falta. E é à noite que eu
desmaio na palavra. As sombras deste quarto
lembram-me doutras sombras – as interiores.

E por quê? Porque é sempre de noite.
As paredes das quais vou sentir falta...
A vista da janela antiga que já me falha à memória...
A nova, que já é antiga e que, portanto, já marcou outro
pedaço de história. Aos detalhes sou devota.

O piano imaginário que eu tocava agora dói...
Quando o sol nasce e se põe eu me lembro sempre...
Para os outros estes serão apenas barulhos,
para mim, pedaços em mim ausentes e assentes.

  • Autor: Hyun (em coreano significa: iluminado/inteligente) (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 5 de Novembro de 2023 19:10
  • Comentário do autor sobre o poema: Texto antigo, mas que fez-se presente, mais uma vez e como percebi que com o passar do tempo ele irá fazer sentido de novo, vou deixá-lo aqui registrado junto duma música que conheci recentemente e que estou completamente viciada, como forma de lembrança de um sentimento passageiro, mas eterno. "Saudosismo", "sentimento"... Tudo a mesma coisa.
  • Categoria: Carta
  • Visualizações: 10
  • Usuários favoritos deste poema: Antonio Luiz, Letícia Alves.

Comentários3

  • Antonio Luiz

    Belíssimo poema, querida poeta e amiga Letícia!

    Um abraço.

    • Letícia Alves

      Muito obrigada, querido!

      Abraços em dobro!

    • Mariany A.N Dutra

      Magnífica e sublime sua poesia querida amiga Letícia! Sempre com suas belas e doces reflexões sobre os pequenos e grandiosos detalhes da vida! S2 muito bom te ler!

      Abraços! Com carinho, Mary!

      • Letícia Alves

        Muito obrigada, querida Mariany!!

        Muito saber que aprecias essa minha escrita.

        Abraços iluminados!

      • SM Lino

        Prezo por toda poesia que me leva junto com ele, e lendo senti a solidão e a nostalgia proposta por voce

        Parabens linda poeta

        • Letícia Alves

          Muito obrigada!!!

          É de aquecer o coração saber que este poema lhe tocou tal como escrever me toca. Devo tudo isso a esse poder transcendental da escrita e ao seu olhar poético.

          Abraços saudosistas e iluminados!



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