Se ousares trocar de olhar
Verás um cinza que não mitiga
Que cresce em disforia;
dessintonia;
preenche a alma com chaga ardida
Um efêmero eterno paradoxo
Que grita seu nome orgulhoso
"Qualia!"
Ora, pois tento a façanha da descrição
Elucidar com palavras a rachadura
Que perpetua em qualquer coração
Esconde-se atrás de faces feito dado
Venera os loucos
Como se não fosse o culpado
Não há gênero; é disforme
Impalpável, inefável
Impassível, implacável
Inaudível, intocável!
Mas jazo ensanguentado
Minha derrota rubra
Escorre pelas mãos
E num murmúrio
Diz-me o que eu já sabia
Que nem com nomes
Feito qualia
Consigo descrever a solidão.
- Autor: vivip ( Offline)
- Publicado: 16 de outubro de 2023 19:29
- Categoria: Triste
- Visualizações: 14
Comentários2
Um poema belo e com bastante profundidade: parabéns, poeta!
Um abraço!
Muito obrigada!
Belo poema com imagens poéticas, parabéns poetisa pela criação .
Abraço.
Muito obrigada!
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