Tem um rato no meu poema
que me fez subir na mesa
Poema, talvez não seja o melhor lugar para um rato
talvez precise rever este pensamento
Lugar de rato é na lixeira a céu aberto
Um rato invadiu meus pensamentos
e acessou minha conta
Na minha ingenuidade pensei:
que os queijos atraíssem os ratos
mas a coisa não funciona assim
Os ratos gostam de desafios
Os ratos são petulantes
Os gatos são minorias
Enquanto os cachorros
são indiferentes aos ratos
Os venenos de ratos foram banidos
das prateleiras e não se pode mais
chamar um rato de rato
Vejam vocês: um rato invadiu este poema
Agora, eu só penso em rato, que praga!
Ainda bem que existem outros animais
Passarinhos, coelhos, tartarugas…
Mas os ratos dão as cartas
Talvez por descuido, lá atrás, ignoramos
estes pequenos e desprezíveis roedores
Hoje temos que dividir espaço com eles
Odeio ratos…
Conclamo a todos os gatos e simpatizantes uma cruzada sem precedentes
contra estes pestilentos
Ou acabamos com eles
ou eles acabam conosco
Filho, seja um homem, não seja um rato!
Não se acovarde diante de um
Desarticulando o rato dominante
Os ratos subordinados com o tempo
retornaram as suas devidas lixeiras
Tem um rato no meu poema
Tem um rato no banheiro
Tem um rato na platéia
Neste exato momento
Tem um rato no sofá
indignado com este poema.
- Autor: Shmuel (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 10 de outubro de 2023 09:28
- Comentário do autor sobre o poema: A ausência de sono aliada a pensamentos distópicos foram os elementos usado para este texto! Acho que também exagerei no café.rsrsrs!
- Categoria: Surrealista
- Visualizações: 38
- Usuários favoritos deste poema: luamar
Comentários8
Caro poeta Shmuel, estou encantada com teu poema distópico, diferente de tudo que já postou por aqui.
Bom dia e excelente semana!
Obrigado, notável poeta! As vezes caminho por estas bandas! Vide a Princesa e o Duende.
Uma honra tê-la por aqui!
Abraços
Meu prezado Shmuel, houve um tempo que na França se exclamava: " mort aux rats." E quanto de perigo eles podem trazer: leptospirose ictero-hemorrágica, peste bibônica ( peste negra), que dizimou a população europeia, séculos atrás. No entanto, prezado Shmuel, o seu 'distópico rato' permanece a salvo graças à essa sua inspiração poética.
Um forte abraço.
Obrigado meu querido poeta Maximiliano Skol! O meu rato é totalmente alegórico.
Muito bom tê-lo por aqui mestre!
Xi... ratos?! Cuidado com os seus documentos, poemas e outros calhamaços, hein...?! Que tal levar isso tudo para pendrives(que tenham alças), e substituir as chaves, por eles num chaveiro?! Ops... peraí... tem rato que sobe e até 'escalam' nas coisas também...!rs Um belo poema, Shmuca! Um bom dia e ótimo feriado, irmão em letras!
Abraços, precisamos ficar atento mesmo, meu querido irmão em letras! Estou pensando em chamar o Flautista Mágico para dar um jeito na coisa!
Excelente dia!
Sempre surpreendendo , poeta espetacular !
Parabéns amigo Shmuel!
Abraço
Meu nobre amigo! Saudades! Precisamos marcar um happy hour.
Abraços!
Poeta Shmuel que genialidade esse seu belo poema. ficou lindo! . por mais ágil que seja o rato ele não conseguiu roubar o brilho e nem a beleza do seu poema.
Obrigado querido poeta; os ratos assolam a humanidade desde muito tempo. E fazer poemas usando os ratos em analogias é bacana!
Abraços!
Perfeito!!!! E assim surgiu “quando o gato sai, os ratos fazem a festa!”, e infestou o seu poema, amigo Shmuel.
Parabéns.
Kkk.. perfeito! Adorei o comentário, Luamar!
Você é demais....quando o gado sai, os ratos retornam para o bueiro.rsrs
Abraços
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