os ramalhetes, tão ternos e orvalhados
reunidos nas manhãs do mês de maio
perdem o viço após o segundo domingo
quando oferecidos por amor àquelas mães
que os aguam felizes nos vasos das salas
as rosas colhidas nas tardes de agosto
que tanto alegram os meus e outros olhos
ainda que regadas com lágrimas paternas de amor
perdem depois, de si, todo e qualquer frescor
o conjunto de flores das fúnebres coroas
desperdiçado, ao olhar que já nem mais está lá
resseca serenado antes do amado plantado defunto
e a pétala dos amantes, entre as folhas dos livros
guarda úmidos beijos, emurchecida, como se fala
é que flor de amor, molhada, murcha, como o falo
-- esse poema foi publicado em meu blog pessoal (https://antoniobocadelama.blogspot.com/) em 07/10/23 --
- Autor: Antonio Luiz ( Offline)
- Publicado: 7 de outubro de 2023 14:02
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 5
- Usuários favoritos deste poema: Vilmar Donizetti Pereira
Comentários2
Que poema melancólico e lindo!
Só o título já me deixou várias "pinturas mentais"...
Entrei nele duma forma...
"as rosas colhidas nas tardes de agosto
que tanto alegram os meus e outros olhos"
Coisa linda.
Parabéns!
Abraços de luz, querido.
Querida Letícia,
De fato, o texto tem essas nuanças e me deixa muito contente ter esse retorno, de que elas foram percebidas!
Grato pela leitura e pela gentileza dos comentários!
Um abraço!
Parabéns pela sua bela e imagética poesia! Tenha um abençoado domingo! Um abraço.
Caro poeta Vilmar,
Muito obrigado pela cordial leitura, pela gentileza dos comentários e pelo gesto tão amável de favoritar o meu texto!
Um abençoado domingo para ti, também!
Abraços!
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