ALQUIMIA
Recluso, avisto o vale verdejante...
A sombra do arvoredo se contrasta
Com a lucerna do sol que se afasta;
A paisagem é condão deslumbrante...
Indago num relance, num instante,
Se a vida me foi justa ou foi madrasta,
Pois que a amargura o coração vergasta;
Encontro-me só, a angústia é constante...
Mas, a resposta minha!alma trespassa:
O destino que todo o rumo traça,
É só fruto daquilo que eu irrigo!
Descubro, então, que tenho companhia
Pois, fruto de minha própria alquimia,
Enorme solidão mora comigo!
- Autor: Nelson de Medeiros ( Offline)
- Publicado: 22 de setembro de 2023 08:30
- Categoria: Amor
- Visualizações: 10
Comentários4
Uau! Estás na companhia dos grandes poetas românticos de todos os tempos. Nem vou citar nomes pois grande é a lista. Seu poema é épico! Cada vez mais sou tua tiete nas poesias que saem de sua lavra! Aplausos de pé!
Bom dia, Maria
Vc é dessas pessoas que a gente se acostuma de receber elogios e acaba por esperar por eles, deixando a modéstia de lado.
ab
Muito obrigado, Mestre,
Elogios vindos do mestre-poeta, nos enche de satisfação,
ab
É isso aí, meu prezado Nelson. Você recebeu da querida Dora o suficiente para me deixar sem mais palavras.
Uma alquimia perfeita de versos para resultar no contexto artístico de uma predestinada solidão.
"Aplausos de pé."
.
UAU!
Literalmente esplêndido poema!!
Belíssima reflexão e que tem como conclusão a sina de todo o poeta - a solidão, mas que essa seja terna, seja amiga e consoladora.
Extremamente lindo o poema, com uma canção que o complementou de forma perfeita.
Abraços de luzes, querido!
Bom dia, menina.
Vindo de uma poetiza como tu, é mesmo gratificante.
grande abraço
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