ALQUIMIA

Nelson de Medeiros



ALQUIMIA
 
Recluso, avisto o vale verdejante...
A sombra do arvoredo se contrasta
Com a lucerna do sol que se afasta;
A paisagem é condão deslumbrante...
 
Indago num relance, num instante,
Se a vida me foi justa ou foi madrasta,
Pois que a amargura o coração vergasta;
Encontro-me só, a angústia é constante...
 
Mas, a resposta minha!alma trespassa:
O destino que todo o rumo traça,
É só fruto daquilo que eu irrigo!
 
Descubro, então, que tenho companhia
Pois, fruto de minha própria alquimia,
Enorme solidão mora comigo!

 


 

  • Autor: Nelson de Medeiros (Offline Offline)
  • Publicado: 22 de setembro de 2023 08:30
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 10
Comentários +

Comentários4

  • Maria dorta

    Uau! Estás na companhia dos grandes poetas românticos de todos os tempos. Nem vou citar nomes pois grande é a lista. Seu poema é épico! Cada vez mais sou tua tiete nas poesias que saem de sua lavra! Aplausos de pé!

    • Nelson de Medeiros

      Bom dia, Maria

      Vc é dessas pessoas que a gente se acostuma de receber elogios e acaba por esperar por eles, deixando a modéstia de lado.
      ab

      • Nelson de Medeiros

        Muito obrigado, Mestre,
        Elogios vindos do mestre-poeta, nos enche de satisfação,
        ab

      • Maximiliano Skol

        É isso aí, meu prezado Nelson. Você recebeu da querida Dora o suficiente para me deixar sem mais palavras.
        Uma alquimia perfeita de versos para resultar no contexto artístico de uma predestinada solidão.
        "Aplausos de pé."
        .

      • Letícia Alves

        UAU!

        Literalmente esplêndido poema!!

        Belíssima reflexão e que tem como conclusão a sina de todo o poeta - a solidão, mas que essa seja terna, seja amiga e consoladora.

        Extremamente lindo o poema, com uma canção que o complementou de forma perfeita.

        Abraços de luzes, querido!

        • Nelson de Medeiros

          Bom dia, menina.

          Vindo de uma poetiza como tu, é mesmo gratificante.
          grande abraço

        • Nelson de Medeiros



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