Helio Valim

Anomia do nada

 

Compartilho, como graça,

veras que recebi de graça,

pois, não percebo graça

em viver sob mordaça.

 

Palavras devem ser lavradas

com indignação e não bravatas,

pois, o discurso marca ou grava

com a convicção que agrava.

 

Percebo, com atônita ironia,

a fácil escolha pela anomia,

em diálogos vazios, sem empatia.

 

A ausência de convictos ideais,

torna-se marca dos debates atuais,

onde trivialidades fluem, como ideias.

  • Autor: Helio Valim (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 20 de Setembro de 2023 19:09
  • Comentário do autor sobre o poema: Anomia: “Na sociedade sem regras, que desconsidera o controle social, as palavras são apenas bravatas”.>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Grupo: Poesia no Caos https://www.facebook.com/groups/1218204639013511
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 5

Comentários2

  • Maria dorta

    Poema que denuncia a simploriedade e a falta de talento de muitos nas coisas que escrevem sob diferentes formas,em diferentes veículos numa cacofonia sem sentido. Às vezes,sem conteúdo ..só para aparecer. Bravos!

    • Helio Valim

      Olá, Maria Dorta
      Concordo, plenamente, com o seu comentário.
      Obrigado, um abraço

    • Letícia Alves

      Muito bom!!!

      A denúncia a essa problemática presenta na sociedade de tempos líquidos, o jogo de palavras, a estrutura bem-feita e a mensagem passada de forma límpida... belíssimo poema.

      Grandes abraços de luzes!

      • Helio Valim

        Olá, Letícia
        Obrigado pelo comentário tão gentil e significativo.
        Um grande abraço



      Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.