Compartilho, como graça,
veras que recebi de graça,
pois, não percebo graça
em viver sob mordaça.
Palavras devem ser lavradas
com indignação e não bravatas,
pois, o discurso marca ou grava
com a convicção que agrava.
Percebo, com atônita ironia,
a fácil escolha pela anomia,
em diálogos vazios, sem empatia.
A ausência de convictos ideais,
torna-se marca dos debates atuais,
onde trivialidades fluem, como ideias.