No canteiro do céu vagam sozinhas,
Em mortalhas de névoas alvacentas,
E os flancos verdes beijam-lhes das vinhas,
Quando pendem as noites sonolentas...
Tão belas, como mãos pequenininhas,
Que acalentam nas horas nevoentas,
São de almas que vos olham e são minhas,
As estrelas no ocaso vindo lentas...
O luar que vos ama não brilhaste,
E o céu nos meus olhos escureceste
Numa dolência de rosa sem a haste.
Meus passos seguem nas ruas antigas,
Minh'alma novamente anoiteceste
Ouvindo do silêncio as cantigas...
Thiago Rodrigues
- Autor: Thiago R ( Offline)
- Publicado: 8 de setembro de 2023 19:40
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 9
Comentários2
Meus os até marejaram.
Lindo soneto. Me lembrou os poetas do século 19.
Parabéns!
Grato pelo comentário, Thais!
Lindíssimo!!
Obrigado, Letícia!
De nada, caro poeta.
Continue a escrever!
Abraços de luzes.
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